Vale a pena fazer consórcio de imóvel?
Muitos são aqueles que sonham em realizar o sonho da casa própria. Seja você alguém que vive pagando aluguel ou alguém que queira se mudar para um imóvel melhor, você terá que decidir como financiar a aquisição de seu futuro imóvel. Quando você compra uma propriedade, você pode pagar adiantado, usar um financiamento ou fazer um consórcio pelo imóvel. Com um consórcio, você estará pagando mensalidades até ser contemplado com a carta de crédito e poder comprar o imóvel. Mas será que vale a pena fazer o consórcio de um imóvel?
Vale a pena consórcio de imóvel: a urgência
O critério de urgência para se ter o bem provavelmente é o mais importante ao escolher por um consórcio. Mesmo que você já tenha dinheiro guardado para fazer um lance, você ainda terá chances de não ser contemplado em um consórcio, e pode demorar até que você tenha acesso a carta de crédito para poder comprar o imóvel.
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Consórcio de imóvel compensa: os reajustes
Suponha que você tenha feito um consórcio para 120 meses ou 10 anos. Após 5 anos de consórcio, você é contemplado. Mas e se, durante esse tempo, os imóveis que te interessavam comprar encarecerem? Se o consórcio não fizer reajustes, você pode acabar com uma carta de crédito que não será o suficiente para arcar com o bem de seu interesse.
É importante verificar se seu consórcio tem uma política de reajustes que condiz com o mercado. Isso pode ser verificado no contrato do consórcio. A melhor maneira é verificando se o consórcio tem o reajuste de acordo com alguma taxa do mercado, como a inflação ou taxas específicas do mercado imobiliário.
Consórcio de imóveis é um bom negócio quando o financiamento não é possível
O consórcio de imóveis é a melhor opção quando você não tem o valor de entrada para o financiamento de um imóvel. Assim, quando você for contemplado, ou pode usar o consórcio para pagar o imóvel todo ou pode usar a carta de crédito para dar entrada no financiamento. Só vale lembrar que se você não terminou ainda de pagar o consórcio, terá de pagar pelo valor da mensalidade do consórcio e das parcelas do financiamento ao mesmo tempo.
Juros de financiamento x Taxas do consórcio
Você vai ver vários sites dizendo que em um consórcio, você paga menos juros do que um financiamento porque na verdade, você está pagando por taxas.
Isso é uma mentira.
As taxas de um consórcio funcionam, na prática, como uma taxa de juros. Então, na hora de comparar o que é melhor, você pode comparar os juros de um financiamento com as taxas de um consórcio, sem problemas. Na maioria das vezes, a diferença é muito baixa entre um e outro, com o consórcio geralmente sendo mais barato. Porém, isso não é uma regra, e é preciso que você compare.
Para comparar, pegue o valor total que pagará ao final do financiamento e o valor total que pagará pelo consórcio. As empresas são obrigadas a te passar esses valores. Subtraia desses valores o valor do bem que você quer comprar com a carta de crédito. A opção que tiver o menor valor é a que paga menos juros. Simples assim.
Possibilidade de negociação com a carta de crédito
Ao ter uma carta de crédito em mãos, você tem uma flexibilidade de negociação maior. Por exemplo, se você quer comprar um imóvel mais barato que a carta de crédito, acaba com dinheiro para fazer reformas. Se você quer negociar um imóvel, você tem maior flexibilidade também porque poderá pagar por ele à vista. Ainda há a opção de usar a carta de crédito para dar entrada em um imóvel mais caro ou, em último caso, você pode até vender sua carta de crédito.
Consórcio como uma poupança forçada
Se você tem pouca ou nenhuma disciplina financeira, o consórcio funciona mais ou menos como uma poupança forçada. Dessa maneira, você é obrigado a “depositar” um valor no consórcio. Apesar de render menos do que se você depositasse o dinheiro em um investimento qualquer, pode ser um bom começo para quem quer desenvolver uma carteira de investimentos através de imóveis.
O que vocês acham de consórcios de imóveis? Vocês fariam um consórcio?
Sobre o autor
Quem não tem amigos e familiares dizendo que estão sem dinheiro? Como especialista em educação financeira e consultor empresarial com mais de 300 horas de cursos, André decidiu ajudar compartilhando seu conhecimento através de artigos neste blog. André tem graduação em pedagogia e especialização em padronização de processos e usa seu conhecimento para ensinar seus leitores a lidar melhor com o dinheiro.
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